25 outubro 2007

Para o projecto "Declarações de Amor" a AP

"Diante de nós abre-se uma grande sala cheia de instrumentos bizarros, de garrafas e de retortas. Lunetas e telescópios elevam-se nos seus tripés; espelhos deslumbrantes enviam de todas as partes a sua claridade fantástica; pequenos fogos vermelhos de fogo crepitante na sombra e de clarões estranhos correm ao longo dos muros. Um ruído surdo e lúgubre escapa-se, por instantes, da abóbada sombria e lança, sobre vós, como que o estertor de um moribundo. Esferas cheias de líquidos de diferentes cores exalam um odor penetrante que se agarra à garganta e que vos provoca deslumbramentos. Metais em fusão arrefecem sobre as lajes e, com um tão ardente beijo, a pedra contorce-se".

in Luís Bernardo, "Histórias da Luz e das Cores", vol. 2, Editora da Universidade do Porto




Relato do jornalista francês, Henri de Parville, que em 1862 fez, da sua visita ao laboratório dos químicos alemães Robert Bunsen e Gustav Kirchhoff

7 comentários:

Anónimo disse...

A física.....e a química...!

TCoelho disse...

Meu caríssimo, tudo na vida é física e química...

esquerdino disse...

Muito giro, o amor é a razão porque nós existimos ;)

Anónimo disse...

Adorei todo este poema. Está lindo. E se não fosse o amor nós não viveríamos. Sem amor nós não somos nada. A vida sem amor não faz sentido nenhum. O amor é lindo.

Anónimo disse...

Belas fotografias. Concordo com a frase do Esquerdino, mas não só por isso, porque andes de se criar o amor a vida já existia, mas não como nós a conhecemos. A própria vida é um mistério que nós temos e estamos a desvendar cada vez mais.
Como alguns folosofos dizem, não te meças pelo que és, mede-te pelo que irás ser!!!
;/

Anónimo disse...

não é andes é antes

Anónimo disse...

O amor anda no ar!!!!!!!